“Bombom é um doce constituído basicamente por um recheio e recoberto por uma camada de chocolate” ou glacê. Além desses ingredientes básicos, pode conter outros, desde que não descaracterizem o produto. Podem apresentar diferentes formatos e consistências.
“Bombons feitos de diferentes tipos de chocolate”
Embora possuam ingredientes em comum, os bombons apresentam variações em sua formulação, como decorrência do desenvolvimento e aprimoramento das fórmulas por diferentes produtores.
“O chocolate geralmente utilizado, seja ele branco, ao leite e meio amargo, é encontrado em barras que podem ser constituídas tanto por chocolates produzidos exclusivamente com manteiga de cacau, como com óleos hidrogenados” .
Adicionalmente, além do chocolate em si, há uma grande variedade de recheios, que podem ser
“amendoim” , “amêndoa” , “avelã” , “castanha do Pará” , “nozes” , “castanha de caju” , “leite” , “licores” , “frutas secas” , “caramelo” , “biscoito” , “frutas frescas” , “frutas cristalizadas” , “manteiga” , “nata” , etc...
Segundo a legislação brasileira, não é permitida a adição de conservantes nos “bombons de chocolate” , sendo permitido o uso desses em outros tipos de bombons, sem uso de chocolate.
Os bombons apresentam uma grande variedade de tipos de recheios. Os principais são: "Boiling" (ou fervidos, que incluem o caramelo, ou “butterscotch” , e o “fudge” ), "Fondants", "Croquant" (ou crocantes),
“gianduia” , “marzipã” , “praliné” , “nougat” , “trufas” , “paletes” e “ganache” .
Sua produção cumpre, em geral, as seguintes etapas: derretimento do chocolate em barra, dosagem, informação, resfriamento (solidificação), desenformação, embalagem e armazenamento. Em relação aos equipamentos necessários, há uma grande variedade destes, como misturadores, tachos e moldes, por exemplo.
A etapa de armazenamento, pelas características intrínsecas do produtos, deve ser protegido de calor, luz e umidade e em locais sem a presença de substâncias ou produtos que longe da luz ou de produtos que exalem cheiro forte, pois o chocolate tem a característica de absorver cheiro externo.
“Bélgica, inventora do bombom, ganhou fama mundial pelo chocolate”
“Bombom foi criado há mais de 100 anos numa farmácia”.
“O dono teve a ideia de cobrir pílulas com chocolate para que ficassem mais fáceis de engolir” .
Descobrir a Bélgica pouco a pouco é simplesmente uma “delícia”. A cada esquina, uma beleza - às vezes discreta, às vezes curiosa. “Cores e sabores que despertam antigas emoções” . Antigas mesmo, começa na capital, Bruxelas, quase 200 anos atrás.
Com o aumento do comércio e porque realmente na Bélgica o tempo não é dos melhores - ou cai muita neve ou chove muito -, surgiram as primeiras galerias cobertas. E uma não é famosa apenas porque é a primeira galeria coberta, mas porque lá surgiu uma “invenção belga que conquistou o mundo” .
No século 19, a Galeria Real era o endereço da sofisticação no rico norte europeu. Entre as lojas de brinquedos, de rendas, há uma muito especial, onde tudo aconteceu.
Uma farmácia. “Farmácia” ? Nada mais se parece com remédio por lá. “Há mais de 100 anos o dono teve a ideia de enrolar os medicamentos com uma cobertura de chocolate preto para ajudar a engolir o remédio amargo” .
“Em 1912, eles abandonaram de vez os medicamentos e passaram a rechear o chocolate com pasta de nozes. Estava criado o bombom” . Os mais antigos são os que têm apenas “recheio de avelãs e nozes” .
Desde então os “artesãos do chocolate” nunca mais pararam de inventar. Alguns “bombons ainda são feitos à mão, com baunilha, café, nozes e flocos” . É um mundo de descobertas.
Mas a Bélgica não produz uma só “fava de cacau” . Então qual o segredo desta fama que ganhou o mundo? Para a diretora do Museu da “História do Chocolate”, Peggy Van Lierde, o segredo é a qualidade.
É uma grande técnica, que nasceu na Bélgica e se espalhou pelo mundo. Mas existe também a qualidade da matéria-prima e a utilização de “manteiga de cacau” 100%, explica.
A tradição ocupa os endereços mais chiques de Bruxelas, como a “praça do Sablon, onde estão os grandes criadores de chocolates da Bélgica” .
De nobre a popular: a história do bombom no Brasil
Popular durante o ano inteiro, “o bombom nem sempre foi um doce tão acessível” . No passado, ele fazia parte apenas do cotidiano aristocrático, por ser considerado uma verdadeira joia feita por mãos habilidosas. Esse processo se deu em razão da exclusividade do “plantio de cacau” , na “Europa”, no século XVI, que permitia o “consumo do chocolate” aos integrantes da realeza.
Com o aumento das “plantações de cacaueiro” , o “quitute” alcançou novos consumidores no velho continente. Já “em terras brasileiras, ele chegou, no século XVII, pelas mãos dos colonizadores portugueses” , mantendo a sofisticação europeia. Desde o surgimento das primeiras “casas importadoras de chocolates franceses e suíços” , por aqui, os “bombons eram considerados os produtos mais nobres” .
“Por ser recheado, seu processo de fabricação era mais demorado e o custo mais elevado” . Até os anos 1940, o “bombom era coisa fina” e cara, explica Ricardo Prada, no livro Lacta 100 Anos, Muito Prazer. “Bombom de travessa” , e com as novas tecnologias empregadas nas máquinas de “fabricação de chocolate” , o trabalho manual foi reproduzido, e várias eram a “receita bombom” . A partir disso, ocorreu o aumento da escala de “produção do doce” , que rapidamente caiu no gosto popular e se tornou uma das “formas preferidas de consumo de chocolate” até os dias de hoje, e muitos “apreciadores de chocolate ensinando receitas” e dando aulas de “bombom caseiro” .
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